domingo, 26 de fevereiro de 2012

Autotransplante foi um renascimento!





“Transplante foi um renascimento”, diz Reynaldo Gianecchini




Em entrevista à revista ‘Época’, Gianecchini confirma superação na batalha contra o câncer
Foto: J.R.Duran/Época/Divulgação




Em entrevista exclusiva à colunista Ruth de Aquino, da revistaÉpoca, Reynaldo Gianecchini falou sobre o transplante de medula ao qual foi submetido no fim de 2010 e contou que um exame de imagem realizado na última semana mostrou que ele não tem mais linfomas em seu corpo.

“Meu transplante foi um renascimento. Eu sabia que seria duro, mas não tinha noção. É uma quimioterapia que mata sua medula, aí você toma suas células de novo, as que foram salvas e são sadias. Foi o único momento de meu tratamento em que eu pensei, caramba, será que aguento isso?”, afirmou o ator, que teve diagnosticado em agosto do ano passado um câncer no sistema linfático.

Durante o bate-papo, Gianecchini contou também que a luta contra a doença o fez questionar alguns pontos de sua vida, como a vontade de ter filhos. Pela primeira vez, a ideia passou pela cabeça de Gianecchini.

Animado, ele já prepara sua volta aos palcos, no dia 13 de março. “Vou começar bem devagar minha peçaCruel às segundas e terças. Faço o vilão, o cruel. Isso vai ser meio louco. Lidei com tanto amor, tanta gente vai me assistir, as pessoas tão carinhosas, querendo me rever no palco. E vou estar lá fazendo horrores (risos), supermalvado”, afirmou.

Gianecchini vai fazer exame de sangue sempre, pois está sujeito a pegar qualquer bactéria, e terá acompanhamento médico por ao menos cinco anos.

A revista Época chega às bancas neste sábado (25)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Manu - A Canção da Falsa Tartaruga

Canção da Falsa Tartaruga

Que bela sopa, de osso ou aveia,
A ferver na panela cheia!
Que bela sopa, de osso ou aveia,
A ferver na panela cheia!
Quem não diz: - Ave!
Quem não diz: - Eia!
Quem não diz: - Opa!
Que bela sopa!
Sopa das sopas, que bela sopa!
Sopa das sopas, que bela sopa!
Que bela sopa!
Sopa, sóo sopa
Que bela sopa!
Que bela sopa!
Quem não se baba,
Quem não a papa!
Quem não a gaba!
Que bela sopa!
Quem não se baba
Quem não a papa!
Quem não a gaba!
Quem não daria tudo só para
Beliscar esa bela sopa?
Beliscar esa bela sopa?
Beliscar esa bela sopa?
Beliscar esa bela sopa?
Beliscar esa bela sopa?
Que bela sopa!
Que bela sopa!
Sopa, sóó sopa!
Que bela sosopa!

Manu

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

PALHACINHAAAA!!!!!!!




Lari e Manu


Duas bagunceiras lindas, uma não vive sem a outra....

Amizade linda!!!


Amor Incondicional

Manu e Charlote...





"Os cães são nossos companheiros e nos amam sem olhar para nossa beleza, dinheiro ou bens."

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Que é Portocath?


                    


Portocath: sistema de longa permanência que possibilita o acesso à veias de grande calibre, implantado nos pacientes que nescessitam de tratamento frequente intra-venoso. Um portocath pode ficar implantado por até 5 anos, sendo necessário apenas heparinizá-lo (ou salinizá-lo) 1 vez por mês, quando não está mais em uso para quimioterapia.
O portocath fica totalmente implantado embaixo da pele, sendo puncionado certeiramente por uma agulha específica, chamada hubber point, que assemelha-se a um L de ponta cabeça. Depois de colocada, o sistema é "lavado" com soro e então a medicação é infundida através dele.

Rotina para manipulação de cateteres vasculares centrais de longa permanência

Os cateteres venosos centrais de longa permanência constituem importante fator de risco para infecção, com alto índice de mortalidade. É imprescindível que estes dispositivos vasculares sejam manipulados por profissionais treinados para evitar complicações como infecção ou obstrução, por manuseio inadequado.

Tipos de Cateter
 
Os cateteres de longa permanência podem permanecer implantados por 1 a 2 anos e são divididos em: semi-implantáveis ( Hickman e Broviac ) e totalmente implantáveis ( Port-a-cath ).
Ambos têm suas vantagens e desvantagens. Para o transplante de medula óssea, são utilizados os semi-implantáveis, que permitem a infusão de maior volume de fluidos. Estes cateteres possuem, em sua maior parte, duplo lúmen, um mais calibroso ( via "large"- amarela ou vermelha ) e outro menos calibroso ( via "small"- azul ou branca ), cada um com funções específicas. Para a coleta de sangue ou infusão de hemoderivados, é sempre utilizada a via mais calibrosa, a não ser em caso de coleta de hemoculturas, quando se colhe uma amostra de sangue das duas vias.

Curativo

O primeiro curativo do sítio de inserção do cateter ( óstio ) deverá ser realizado após 24 horas da data de inserção ou antes caso haja presença visível de sangue decorrente da punção .
O curativo deverá ser trocado, a seguir, a cada 48 horas ou sempre que o mesmo apresentar-se sujo, molhado ou soltando, respeitando a técnica asséptica, descrita a seguir:

1. Degermar as mãos com água e sabão neutro ou utilizar álcool gel 
(com a mesma técnica de fricção das mãos)

2. Caso utilize a técnica "no touch" ( técnica onde se utiliza pinças de curativo, sem o contato direto das mãos no campo ), a utilização de luvas estéreis é dispensável.

3. Retirar o curativo anterior e proceder à troca.

4. Limpar o óstio com soro fisiológico com gaze estéril.

5. Aplicar um toque de Clorexidina alcoólica no óstio.

6. Fechar o curativo com gaze seca estéril e micropore, não esquecendo de datar o curativo.

7. Durante o curativo, palpar o trajeto do cateter para avaliar possível infecção do túnel, o que acarretaria na retirada do mesmo.

8. Avaliar o óstio, buscando sinais de infecção como hiperemia, secreção ( purulenta ou não ), dor e calor.

Obs.: Caso haja presença de secreção ou sangue no óstio, o curativo deve ser trocado diariamente até a ausência de sinais de infecção.
O uso de máscara é dispensável. Recomenda-se não conversar durante o procedimento. É imprescindível o auxílio de um outro profissional para evitar a contaminação do material.

Cateter de Portocath
 
É um cateter totalmente implantável, com um reservatório e uma câmara de silicone puncionável. Para a punção são utilizadas agulhas específicas, do tipo "hubber point".
Não é indicado para infusão de grandes volumes de fluidos, nem para hemotransfusões ou coleta de sangue (exceto hemoculturas), devido ao seu pequeno calibre, o que favorece à obstrução.

Técnica de Punção



 
1. Degermar as mãos com Clorexidina degermante.

2. Preparar todo o material necessário para a punção ( solução antisséptica, luva estéril, gaze, seringa, micropore, campo fenestrado estéril, agulha, soluções a serem infundidas)

3. Realizar a antissepsia da pele no local a ser puncionado com Clorexidina alcoólica, em movimentos circulares, de dentro para fora.

4. Colocar o campo estéril.

5. Posicionar a câmara do cateter entre os dedos indicador e polegar da mão não dominante, para proceder à punção.

6. Puncionar o cateter e aspirar a solução anticoagulante antes de instalar as soluções a serem infundidas, avaliando o funcionamento do cateter (permeabilidade - bom fluxo e refluxo).

7. Desprezar o material aspirado.

8. Instalar os equipos, extensores.

9. Fixar a agulha com gaze e micropore ou com filme transparente semi-permeável.

Troca da agulha
 
A agulha do Port-a-cath deverá ser trocada semanalmente, com a mesma técnica da punção inicial.

Troca de circuitos
 
A troca dos sistemas de infusão deve ser feita à cada 96 horas, sempre respeitando as técnicas assépticas, como lavagem de mãos ou uso de álcool gel. Estes sistemas incluem circuitos de soro, buretas (microfix) e extensores (polifix). Deverão ser trocados à cada etapa em caso de NPT ( nutrição parenteral ), emulsões lipídicas ou infusão de hemoderivados.
É importante que as conexões dos circuitos e do cateter sofram desinfecção com álcool a 70%, cada vez que forem manipuladas para a adição ou retirada de medicação, e as mesmas sejam protegidas com gaze seca e micropore durante o tempo de uso do cateter.
As tampinhas de polifix não devem ser reaproveitadas, sendo, portanto, utilizadas sempre tampinhas novas estéreis.
Importante datar os circuitos para que se tenha um controle da data de troca.
Obs.: Não se faz necessária a troca do sistema de infusão cada vez que se trocar o curativo, uma vez que, apesar de pré-estabelecida em 48 horas, pode ser realizada em um intervalo menor, se porventura estiver sujo, molhado ou solto.

É importante que o curativo esteja sempre limpo e seco.

Obstrução do cateter
 
A obstrução do cateter é um problema bastante comum deste tipo de dispositivo, por várias razões: infusão de hemoderivados em larga escala e infusão de várias outras drogas concomitantemente. É importante um controle rigoroso da velocidade de infusão, para que seja prontamente substituída ao final, e também a salinização do cateter após hemotransfusões evitando a obstrução que, em muitos casos, implica na retirada do cateter.
Em caso de obstrução:

1. Verificar se todos os clamps do cateter estão abertos;

2. Verificar se os circuitos estão todos abertos;

3. Verificar se há alguma torção do cateter e/ou dos circuitos;

4. Se os itens 1, 2 e 3 estiverem OK, proceder à desobstrução do cateter.

Importante:  

Nunca utilizar seringas de insulina ( 1 ml ), devido à pressão exercida pelas mesmas, podendo implicar na fratura do cateter, inviabilizando seu uso. Recomenda-se seringas de 3 ml, que possuem uma boa pressão para desobstrução, porém, sem oferecer riscos de fraturar o dispositivo.

Salinização:
 
As vias em uso devem ser salinizadas sempre que houver hemotransfusões, infusões de emulsões lipídicas, Albumina, NPT e coleta de sangue para exames. Para as vias que não estão em uso, a salinização deve ser feita semanalmente. Estas medidas mantêm a permeabilidade do cateter, evitando a obstrução, sem a necessidade de utilizar anticoagulantes.

O Amor Voluntário.... Doe Sangue e Plaquetas


Esta Manu....

Pronto agora que é GLOBAL aguenta.... kkkkkkk


Série realizada pelo JN sobre Voluntáriado...

Nossa Oração é para que a cada dia os "Srs Pedros" se multipliquem em nosso país, pois seu trabalho é muito valorozo para todos os que assim como nossa pequena precisam diariamente de Sangue e Plaquetas...

Galera bora demonstrar o Amor ao próximo? doe aquilo que você tem de maior valor seu SANGUE e suas PLAQUETAS!!! DOE VIDA!!!


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Radiofrequência

Ablação tumoral percutânea

A ablação de tumores de forma percutânea surge como uma tecnologia eficiente, fácil e segura para matar tumores localizados no fígado, rim, pulmão, ossos e eventualmente outros sítios.
A ablação consiste na utilização de alguma substância química ou alguma forma de energia para causar a destruição do tecido tumoral. Há várias técnicas que tem sido muito bem estudadas e outras que estão em processo de investigação. Ente elas podemos mencionar a ablação por injeção de álcool ou ácido acético, ablação por radiofreqüência ou microondas, a ablação por congelamento (crioablação) e a eletroporação irreversível.

A
radiofreqüência há muito vem sendo utilizadas na medicina com intuito de destruir tecidos, mas desenvolvimentos recentes nessa tecnologia possibilitaram que hoje se possam queimar (ou cozinhar) tumores com grandes volumes e isso o que favorece o controle local em alguns tipos de câncer.


Princípios básicos do funcionamento da Radiofreqüência
A radiofreqüência é uma onda de energia gerada por um aparelho que provoca calor numa determinada área de tecido, até destruí-la. Para se obter isso, uma agulha apropriada que possui um eletrodo na sua ponta é colocada de forma percutânea no tumor que se pretende queimar. A agulha é conectada à fonte emissora de energia através de um cabo. Paralelamente, placas de drenagem de energia são colocadas na coxa do paciente e conectadas a fonte fazendo do paciente um circuito elétrico. A energia aplicada na p0onta do eletrodo provoca agitação dos componentes celulares e isso gera calor intenso devido a fricção. Esse processo pode provocar temperaturas acima de 50o o que leva à morte celular e necrose de coagulação.

 

Principio da Radiofrecquência. A energia emitida pela fonte entra pela agulha posicionada no tumor e sai pelas placas colocadas na coxa formando um circuito elétrico. A corrente elétrica alterna gera agitação iônica do tecido tumoral que provoca calor e queima o tecido tumoral


                        


A agulha com eletrodos em forma de guarda-chuvas é colocada no tumor e queima uma área determinada de tecido
 
A ablação é um procedimento percutâneo a grande vantagem da ablação é que não requer de cirurgia, apenas de uma punção realizada com anestesia local. O tumor é localizado com equipamentos de imagem como ultra-som ou tomografia computadorizada e sob a orientação dessas imagens a agulha é posicionada com precisão. Por isso, a ablação por radiofreqüência é conhecida como um procedimento de Radiologia Intervencionista. O procedimento é rápido podendo demorar ao redor de uma hora e a internação é curta, apenas um dia, podendo também ser realizado de forma ambulatorial.


Esquema para demonstrar o posicionamento percutâneo da agulha sob orientação dos equipamentos de imagem

Exemplo de uma tomografia de fígado e a agulha de ablação colocada bem no centro do tumor (mancha escura) para ser queimado


Aplicações clínicas da Ablação por Radiofreqüência
A ablação por radiofreqüência pode ser aplicada para o tratamento de câncer de fígado, pulmão, rim, ossos e outros locais sob critérios determinados. O método é uma opção atrativa e pode ser a melhor alternativa por ser um procedimento rápido, efetivo, fácil, previsível e principalmente seguro. Por ser um tratamento local, apresenta geralmente poucas complicações ou efeitos adversos como a quimioterapia. Por outro lado provoca muita menos morbidade e/ou mortalidade que as grandes ressecções cirúrgicas.
Resultados da ablação por Radiofreqüência
A radiofreqüência tem mostrado ser uma abordagem local eficaz para controlar alguns tipos de câncer e apresenta como resultado, curvas de sobrevida similares à cirurgia. Esse é o caso nas metástases hepáticas de colo e reto e no carcinoma hepatocelular. Estudos com mais de 3000 pacientes mostraram uma resposta completa local em 70-75% dos casos de tumores hepáticos com tamanho entre 3 e 5 cm. Para tumores de rim, pulmão e osso, foi observado índices de necrose tumoral maior de 90%.

O Amor na DOR

O amor na Dor
Vereadora eleita em São Paulo com 50 mil votos, a apresentadora de tevê Sônia Francine, a Soninha, relata os 18 dias em que a filha Júlia, de 7 anos, ficou internada por causa de uma leucemia e narra a batalha das duas pela cura
No elevador, do 1º para o 3º andar, a ansiedade brilha nos olhos de Júlia Terra Saula. Assim que a porta se abre, um “tio” logo lhe entrega um chapéu cor-de-rosa em forma de gato. Com ele na cabeça, a menina de 7 anos vê as bexigas penduradas no teto, pega um copo de Fanta laranja e corre em direção à fila do cachorro-quente. Eram 14h de uma quinta-feira em São Paulo, início da festa de Dia das Crianças no Itaci (Instituto de Tratamento do Câncer Infantil, do Hospital das Clínicas). Júlia é a caçula de três filhas da apresentadora de tevê Sônia Francine, 37, a Soninha, e de Marcelo Terra Saula, 33. Manchas roxas pelo corpo, os primeiros sinais de que algo estava errado, surgiram no início de setembro: Júlia chegava da escola cada dia com uma nova mancha. A irmã pensou que ela estivesse brigando na escola até que apareceu um roxo no meio do peito. Gelei. Conhecia os sintomas e pensei na hora: “Ai meu Deus, pode ser leucemia”. O homeopata que trata da família viu e pediu um hemograma. Quando soube do resultado, ele ligou e falou: “Corram para o hospital, que é sério”. Já imaginei que era leucemia. Fiquei muito mal nessa hora, chorei muito. Me escondi para ela não ver que eu estava chorando. Passei o dia tentando não chorar mas só consegui às vezes. Ela perguntava: “Mãe, por que você está de óculos escuros?”. Eu nunca uso. E dizia: “Estou com uma super dor-de-cabeça”. A dor-de-cabeça virou o álibi para eu chorar. Fiz um filme, o pior possível: ‘Perdi minha filha, aconteceu comigo’. Não adianta pensamento positivo. Você não sabe quando vai morrer. Faz-se meditação para hora da morte diariamente no Budismo. Então, sei que a vida está em risco e sempre me preparei para as perdas. Ainda assim, pensar na possibilidade da Júlia não fazer 8 anos (em 4 de abril), foi uma facada, doeu muito. Não deu desespero, mas dor, angústia. Por que criança morre?’’
O Itaci não tem cheiro nem clima de hospital. São 17 leitos e uma área de recreação com escorregador, quebra-cabeça, brinquedos, computadores, televisores, DVD. Lá, o tratamento vira uma pausa na diversão. Júlia, em poucos dias, desdenhava para esticar o braço e receber transfusão de sangue e plaquetas, que previnem hemorragias – ela estava com 22 mil plaquetas, o normal é 250 mil. Um dia, disse aos pais, que se revezavam para dormir com ela: “Vocês vão jurar que, quando eu precisar de hospital, irão me trazer para cá”.
Levou cinco dias para Soninha saber a gravidade da leucemia. Júlia tem um tipo de leucemia mielóide aguda. É comum em adultos e atinge crianças em apenas 20% dos casos. Dos sete subtipos dessa doença apenas um não exige transplante de medula, justamente o de Júlia. Suas chances de cura, que seriam de 25% a 30% sem transplante, passaram para 70%.
Antes de saber se o transplante seria necessário, uma médica perguntou se Júlia tinha irmãos. Eu disse que ela tinha duas meias-irmãs, do meu primeiro casamento. A médica fez uma careta, do tipo: ‘Não serve’. Na hora, pensei: por que não tive outro filho com o Marcelo?’. O banco de doadores de medula óssea tem 80 mil cadastrados. A chance de compatibilidade é de 1 em 1 milhão. Ou seja, a minha chance de achar um doador compatível para Júlia era de 0,08. Até eu saber que ela não precisaria de transplante, eu pensava: ‘Será que, se eu tiver filho agora, ajuda?’. Pensei em ter outro filho, lógico! O início do tratamento é uma fase crítica e poderia provocar uma hemorragia ou uma trombose. Minha filha correu risco de morte.’’
Júlia colocou um cateter e recebe um remédio (ácido retinóico) que faz a célula cancerígena voltar a ser sadia. “Ela também já fez uma sessão de quimioterapia para matar células doentes. E fará outras durante 2 anos”, diz o oncologista pediátrico Vicente Odone Filho, do departamento de pediatria da Universidade de São Paulo. A doença de Júlia atropelou um momento que deveria ser só de felicidade para Soninha. No domingo 3, nove dias após o diagnóstico, ela foi eleita vereadora em São Paulo com 50.989 votos. Naquela manhã, ela votou cedo e foi para o hospital, onde passou o dia.
A gente vê alguma coisa pela tevê, mas de vereador ninguém fala. O médico veio me contar no quarto. Entrou e disse: ‘Parabéns! Os números são muito bons!’ Falei: ‘Do exame?’ Afinal, todo dia tem exame. E ele: “Não, da internet. Já tem 95% das urnas apuradas e você está dentro, parabéns”. Fiquei feliz com a eleição e a Júlia também ficou superfeliz.’’
Das 250 pessoas presentes na festa do Dia das Crianças no Itaci, Júlia era uma das poucas crianças que não perderam os cabelos por causa da quimioterapia. Com máquina fotográfica na mão, registrando cada sorriso da filha, que assistia a uma apresentação de balé, Soninha conta que certo dia perguntou a Júlia se ela gostaria de cortar o cabelo um pouco mais curto. “Ah, mãe, deixa eu aproveitar o cabelo enquanto eu tenho”, respondeu a menina. Em duas semanas, porém, o cabelo de Júlia começará a cair.
Quando a Júlia foi se internar, disseram a ela que havia uma amiguinha de 8 anos que iria ficar contente em conhecê-la.
– Mãe, como será essa menina (Luana)? Será que tem cabelo curto, comprido?’
– Júlia, não sei se você reparou, mas quase todo mundo aqui é careca.

– Por quê?
– Porque eles tomam um remédio que faz o cabelo cair. Como aquela história do Cebolinha, da gripe carecal.

– O meu cabelo vai cair também?
– Vai.
– Ai, mãe, os meninos vão me zoar muito. Não quero ir careca para a escola.

Disse que ela não iria para a escola e que ficaria lá. Ela assimilou de cara o fato de que quem entra lá fica careca. Consegui falar na boa porque nessa hora eu já estava bem também. No primeiro dia vem tudo, é uma avalanche, eu pensava na minha filha sem cabelo e era mais um motivo de tristeza. Na primeira vez que fui ao Itaci e vi aquele monte de crianças me deu um aperto enorme. Mas aí passou. Quando eu falei com ela, eu já estava bem. A Júlia adorava a careca da Luana, vivia pendurada nela. Ela andava atrás da Luana, encostada na careca dela e falava: ‘Ai, mãe, é tão quentinha’.’’ No sábado 16, Júlia foi ao cabeleireiro aparar a franja e diminuir o comprimento. Havia recebido alta no dia anterior, após 18 dias internada. À noite, encontrou na porta de casa duas cestas, uma com frutas e outra com brinquedos. No domingo, amanheceu desenhando e escreveu um bilhete de agradecimento aos vizinhos que foi colado no elevador. “Júlia seguirá com o tratamento em casa e duas vezes por semana virá ao ambulatório para passar o dia tomando medicação”, explica Odone. “Hoje, Júlia praticamente não tem células cancerosas no sangue. Possui ainda na medula. Mas tem tudo para fazer valer os 70% de cura.”
Os gestos de generosidade, como o dos vizinhos, pontuam o tratamento. Soninha conta que os coleguinhas da escola enviaram cartas, que foram lidas por ela enquanto Júlia tentava adivinhar o remetente. A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, fez uma visita no Itaci e presenteou a menina com uma boneca Emília.
Um cara de João Pessoa escreveu: ‘Não posso ir aí doar sangue, mas vou doar aqui para quem precisa’. Outra carta dizia: ‘Dei um pássaro engaiolado. Pássaro solto é símbolo de vida. Comprei um passarinho. Ele era verde, cor da esperança, o soltei e ele saiu voando. Quando a Júlia estiver curada me avisa que vou soltar um branco’.’’
De volta para casa, Júlia pôde devorar sucrilhos com leite, mas terá a alimentação controlada. Deve ainda evitar aglomerações, atividades físicas e poeira. “Vamos, passo por passo, buscar a cura”, diz Marcelo. Soninha prevê mais mudanças em seu cotidiano “Tem dias que mal vejo a Júlia. Isso tem de mudar. Preciso ficar menos disponível para palestras, debates, reuniões e tratar minha família como agenda, reservar horários para ela”, diz ela. Soninha confia nessa mudança, assim como confia na cura de Júlia.
Esperança é muito vã, é uma torcida. Confiança é melhor e é isso que eu tenho. Confiança na Júlia, nas pessoas que estão cuidando dela, em mim e nas orações.’’

ISTO É - Edição 272 - Outubro 2004




 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Manu cantando em Inglês!

Fotos da Princesa Sapeca!!!

 Fashion??? Que Nada Perua mesmo kkkk 

 Como toda Princesa... ELA TEM UMA COROA!
 Meditando? kkkkkkkkkkkkkkkkk
 Princesa também vai ao Play Land
 Violinista
 Esta garota tem bom gosto!!! Timão Eo!!!
 Sininho...
 Bella
Alice no País das Maravilhas
 Minnie
Cantora

 S2
 Bagunceira!!!
 A Bailarina
 Manu... Restart e Leo

Doação de Sangue, Plaquetas e Medula Ossea

Nossa Princesa está à cerca de dois anos em tratamento oncológico. Tratamento este que passou por várias fases difíceis e doloridas. Muitas foram as intervenções pois se encontrava com o sistema imunológico deficiente devido as constantes sessões de Quimioterapia.
E para que isto não ocorra, ela e tantas outras crianças, precisam semanalmente de transfusão de sangue, plaquetas e muitos de Medula.
Para se ter uma idéia, são necessárias 05 bolsas de sangue (do banco) para se fazer apenas 01 única bolsa de plaqueta de 10 ml, ou seja, com isso cada vez  o estoque de sangue do  banco está menor.
Quando você doa seu sangue, plaqueta ou medula óssea, pode ter certeza que está levando um novo fôlego para estes pequenos guerreiros que diariamente lutam contra este grande gigante chamado Câncer.

Seja você também um Amigo do Bem! Doe Sangue, Plaquetas e Medula.

Não dói, é totalmente seguro e você recebe em casa todos os dados dos seus exames preliminares.


Vá até o hemocentro do Hospital das Clinicas e demonstre o seu amor.

Dados para doação:
 Local: Prédio dos Laboratórios Hospital das Clinicas
Endereço: Av. Eneas de Carvalho, 155 (Próximo a estação Clinicas do Metro)
Manuela dos Santos Freitas
Matricula: 6167358 D


Orientações Sobre a Doação:

DOAÇÃO DE SANGUE


Há critérios que permitem ou que impedem uma doação de sangue, que são determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue.

O doador deve...

Trazer documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação);
Estar bem de saúde;
Ter entre 16 (dos 16 até 18 anos incompletos, apenas com consentimento formal dos responsáveis) e 67 anos, 11 meses e 29 dias;
Pesar mais de 50 Kg;
Não estar em jejum; evitar apenas alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação.

Impedimentos Temporários

Febre
Gripe ou resfriado
Gravidez
Pós-parto: parto normal, 90 dias; cesariana, 180 dias
Uso de alguns medicamentos
Pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis

Cirurgias e Prazos de Impedimentos 

Extração dentária: 72 horas
Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: três meses
Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses
Ingestão de bebida alcoólica no dia da doação
Transfusão de sangue: 1 ano
Tatuagem: 1 ano
Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina

Impedimentos Definitivos

Hepatite após os 10 anos de idade
Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas
Uso de drogas ilícitas injetáveis
Malária

Intervalos para Doação

Homens: 60 dias (até 4 doações por ano)
Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano)

Doe sangue com Responsabilidade

Você sabe o que é Janela Imunológica?

É o período entre a contaminação da pessoa por um determinado agente infeccioso (HIV, hepatite...) e a sua detecção nos exames laboratoriais.

No período da janela imunológica, os exames são negativos, mas mesmo assim o sangue doado é capaz de transmitir o agente infeccioso aos pacientes que o receberem.

A sinceridade ao responder as perguntas do questionário que antecede a doação é importante para evitar a transmissão de doenças aos pacientes.

Nunca doe sangue se você quiser apenas fazer um exame para Aids. Neste caso, procure um Centro de Testagem Anônima e gratuita.

Informe-se pelo Disque-Saúde: 0800-61-1997

Cuidados Pós-Doação

Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas
Aumentar a ingestão de líquidos 
Não fumar por cerca de 2 horas
Evitar bebidas alcóolicas por 12 horas 
Manter o curativo no local da punção por pelo menos de quatro horas
Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho

DOAÇÕES DE PLAQUETAS

 

Por que doar plaquetas?

As plaquetas são elementos do sangue que atuam na coagulação. Elas são fundamentais para o tratamento dos pacientes. Há pacientes que apresentam deficiência de plaquetas, causada por transplante de medula, pela ação da quimioterapia ou por terem sofrido alguma intervenção cirúrgica.

Como é feita a Doação?

O sangue é retirado da veia de um dos braços, como na doação convencional. A diferença é que o sangue passa por um equipamento que retém parte das plaquetas. Depois disso, o sangue retorna para o doador, com todos os outros elementos. Tudo isso de forma segura e livre de contaminações. Esta doação, que deve ser marcada com antecedência, dura cerca de uma hora e meia.

Quem pode doar?

Para doar é necessário:

Ter entre 18 e 65 anos de idade;
Pesar mais que 50 quilos;
Trazer a Carteira de Identidade original, com foto;
Alimentar-se antes da doação, evitando apenas alimentos gordurosos
Estar em boas condições de saúde;
Ter realizado pelo menos uma doação de sangue recente no HC;
Ter disponibilidade de, pelo menos, uma hora e meia para a doação;
Não estar fazendo uso de ácido acetil salicílico (AAS – Pois afina o sangue).

Não podem Doar

Doadores que estiverem gripados ou com febre;
Mulheres grávidas ou até três meses após o parto;
Doadores que ingeriram bebida alcoólicas no dia da doação.

Estão impedidos de Doar

Pessoas que tiveram hepatite após 10 anos de idade, doença de chagas e malária;
Pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis e usuários de drogas.

DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA

 

O Que é Medula Óssea?
A medula óssea, encontrada no interior dos ossos, produz os componentes do sangue, incluindo as células brancas, agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo.
Quem necessita de transplante de Medula Óssea?

Pacientes com produção anormal de células sangüíneas, geralmente causadas por algum tipo de câncer no sangue, como, por exemplo, leucemias. Além de portadores de aplasia de medula ou pacientes cuja medula tenha sido destruída por irradiação, etc.

Quais as chances de se encontrar um doador compatível?

Estima-se que seja por volta de 35% entre doadores parentes e de 0,1% entre pessoas não aparentadas. A compatibilidade é medida pela semelhança de antígenos entre doador e receptor.

O Que acontece se não há um doador compatível entre os familiares do paciente?

Procura-se um doador compatível num Banco de Medula Óssea. O Banco necessita de um número elevado de voluntários para aumentar a possibilidade de encontrar um doador compatível.

Se um doador Compatível é encontrado, o que acontece?

O próximo passo é ter certeza de que ele quer fazer a doação.

O Que acontece com o doador antes da doação?

Ele passa por um exame clínico para certificar seu bom estado de saúde. Não há nenhuma exigência quanto a mudanças de hábitos de vida, de trabalho ou de alimentação.

Como a medula é removida?

Os doadores passam por uma pequena cirurgia de aproximadamente 90 minutos. São feitas de 4 a 8 punções na região pélvica posterior para aspirar a medula.

Qual a quantidade de medula óssea é extraída?

Menos de 10%. Dentro de poucas semanas a medula doada será recomposta pelo doador.

Quais são os riscos para o doador?

Os riscos são praticamente inexistentes. Até hoje não há relato de nenhum acidente grave devido a este procedimento. Os doadores costumam relatar um pouco de dor no local da punção.

Como os pacientes recebem a Medula Óssea?

Depois de um tratamento que destrói a própria medula, o paciente recebe a nova medula por meio de transfusão. (parecida com a de sangue)  Em duas semanas, a medula transplantada já estará produzindo células novas.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Manu apresentando seu escritório

Radiocirurgia de Pulmão




No Brasil, máquina destrói câncer de pulmão sem cortes e sem dor

SÃO PAULO/BRASIL - Inédita na rede de saúde pública brasileira, técnica indolor chegou ao Instituto de Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), em São Paulo, Sudeste do país, para tratar pacientes que não podem passar pela cirurgia tradicional, oferecendo mais uma arma eficaz contra o tipo de tumor que mais mata no Brasil e no mundo: O câncer de pulmão.
Agora, eliminar tumores de pulmão sem nenhum corte ou dor para o paciente já virou realidade no Icesp. A tecnologia, inédita no Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS), foi testada com sucesso ao longo deste ano em sete pessoas e, agora, é aplicada em indivíduos com contra-indicação para a cirurgia tradicional, considerada um procedimento delicado, de recuperação dolorosa.  
No procedimento novo, cuja denominação técnica é radioterapia estereotáxica extra-crânio (SDRT, na sigla em inglês), feixes finos e precisos de radiação elevada provocam a necrose das células tumorais. Três sessões de pouco mais de uma hora, aplicadas com intervalo de dois dias, são suficientes para destruir o câncer de pulmão, o tipo de neoplasia que mais mata no Brasil e no mundo, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
As sessões de radiocirurgia não provocam dor e o paciente pode sair direto para suas atividades cotidianas. Por enquanto, a técnica só é indicada para pacientes que não têm condições de passar por uma cirurgia tradicional, de acordo com o protocolo adotado internacionalmente para esse tipo de tratamento. Além disso, o tumor deve ter até 5 centímetros de diâmetro e estar afastado de regiões vitais, como o coração.
Enquanto a radioterapia convencional fraciona a radiação e oferece um tempo para o tecido saudável se recuperar, a nova técnica extermina o tecido atingido. "É como se fosse um tiro de bazuca no tumor", diz o médico Rafael Gadia, radioterapeuta do Icesp.
Daí a importância de que o tiro seja certeiro, o que só é possível graças às novas tecnologias. Uma desvantagem apontada pelo profissional é a impossibilidade de fazer uma análise detalhada sobre o tumor, já que suas células são completamente destruídas.
O princípio da radiocirurgia já era usado há mais tempo para tumores no crânio. O problema é que, em outras partes do organismo, ao contrário do que ocorre no crânio, eles tendem a se deslocar com o movimento natural do corpo, como o da respiração. E qualquer imprecisão na técnica pode destruir tecidos saudáveis e órgãos importantes próximos ao tumor.
Os médicos conseguiram aplicar a técnica no pulmão, mesmo com o movimento constante do ar entrando e saindo, graças ao recurso de radioterapia guiada por imagem (IGRT, na sigla em inglês). A física chefe do Icesp, Gisela Menegussi, explica que o primeiro passo do procedimento é a criação de um "paciente virtual" no computador, por meio de um software especializado.
A imagem desenvolvida é baseada em exames de imagem precisos: tomografia e PET-CT. A partir daí, a equipe multidisciplinar faz um estudo para cada paciente com o objetivo de encontrar as melhores rotas para a entrada dos feixes de radiação, que não devem passar por órgãos importantes.
O software calcula, para cada rota simulada, o quanto de radiação que cada órgão envolvido receberá. "A gente sabe que cada órgão pode receber uma quantidade máxima de radiação. Trabalhamos dentro desses limites."
A técnica também pode ser aplicada em casos de oligometástase no pulmão - quando o paciente apresenta um número limitado de recorrências isoladas do tumor. Atualmente, estuda-se a aplicação, com finalidade curativa, da técnica contra o câncer de próstata e, com fim paliativo, para outros tipos de metástase.
O risco a ser considerado é a proximidade do tumor com outros órgãos vitais, que podem receber radiação. Por causa da pouca experiência com a técnica, ainda não se sabe como esses órgãos evoluirão em longo prazo.
Método é restrito na rede particular. Na rede particular de saúde de São Paulo a aplicação da radiocirurgia para câncer de pulmão é restrita. O procedimento é oferecido pelo Hospital Sírio-Libanês, mas, segundo a instituição, por se tratar de um procedimento novo, não conta com a cobertura de seguradoras de saúde. É realizado, portanto, apenas na modalidade particular.
O Hospital Israelita Albert Einstein também aplica a radiocirurgia contra tumores de pulmão. Também no Einstein, por enquanto, esse tipo de procedimento é indicado apenas quando o paciente não pode passar pela cirurgia convencional, já que ainda não foram concluídos estudos científicos comparando a eficácia de uma técnica em relação à outra.
Após a aplicação, o paciente deve ser submetido a tomografias de controle a cada três meses no primeiro ano.
'Saí da cirurgia e fui direto para uma festa', disse a aposentada Sônia Sanches Ramos, de 72 anos, que passou pela radiocirurgia para eliminar um câncer de pulmão há pouco mais de um mês. Sônia disse que saiu da maca robotizada do Instituto de Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) 'direto para uma festa'.
O método, garante Sônia, é completamente indolor. "Não senti nada, nenhuma dor. Nem aflição", diz. Foram três sessões que, contando com o tempo de preparação, duraram cerca de três horas cada. "Tem de ter paciência, demora um pouco e tem de ficar quietinha, sem se mexer."
Desde a radiocirurgia, Sônia tem sido monitorada pelo Icesp e a avaliação preliminar, feita na última sexta-feira, demonstrou que a radiação não afetou nenhum órgão adjacente ao tumor.
O câncer que estava no pulmão de Sônia foi detectado precocemente quando ela fazia um exame de imagem para avaliar outro tumor, que estava em estágio mais avançado, localizado no reto. O diagnóstico da doença foi dado no fim do ano passado e, em março deste ano, após algumas sessões de rádio e quimioterapia, ela passou por uma cirurgia para retirar o tumor no reto.
Avaliada pelos médicos do Icesp, a aposentada foi identificada como uma potencial candidata à radiocirurgia para a retirada do tumor no pulmão. Fez uma série de exames e o procedimento foi marcado. Hoje, totalmente recuperada, ela garante já ter retomado todas as suas atividades, inclusive um trabalho voluntário. "Estou a mil por hora", conta.